Investir em imóveis é um negócio bastante rentável, que pode fazer a diferença na construção de um patrimônio. Contudo, ao pesquisar sobre a compra de um apartamento financiado, você vai se deparar com os juros de financiamento. Então, é preciso tomar muito cuidado para saber se o negócio realmente vai valer a pena.
Neste post, entenda o que são esses juros e como funcionam. Veja também como saber quais serão eles no financiamento que você pretende fazer. Por fim, confira dicas de como fazer uma compra mais consciente.
Boa leitura!
O que são os juros de financiamento e como funcionam?
Basicamente, um financiamento é quando você pega um dinheiro de uma instituição de crédito ou financeira, como um banco, e o paga aos poucos, em um prazo predeterminado e com uma taxa de juros estabelecida. O mesmo também vale para financiamentos direto com a construtora.
Sendo assim, quem tem interesse no financiamento faz um contrato entre as duas partes, no qual estão descritos detalhes importantes do negócio, como:
- valor emprestado pela instituição;
- valor final a ser pago;
- juros de financiamento;
- valor das parcelas;
- prazo da primeira parcela e do parcelamento total;
- sistema de amortização escolhido;
- condições de antecipação da parcela.
Outro ponto importante é que, diferentemente de um empréstimo, os financiamentos geralmente são destinados a fins específicos. Por exemplo, se ele é uma modalidade para apartamentos de alto padrão, o bem comprado deverá ser um apartamento dessa categoria. Já se for de um carro, o bem a ser adquirido é um automóvel. Com isso, as instituições podem até trabalhar com valores de juros diferentes, já que o uso do dinheiro está preestabelecido.
Como saber quais são os juros no seu financiamento?
Agora que você conhece os juros de financiamento, precisa ter atenção a eles em cada proposta de negócio. Para isso, é importante seguir algumas dicas para não assumir contratos arriscados.
Veja algumas, a seguir!
Pesquise os bancos
Não existe uma regra quanto aos juros, cada banco ou instituição de crédito pode cobrar os seus. Além disso, elas também têm a liberdade de definir seu sistema de amortização, taxas extras, valor de entrada, bem como as exigências que você deve cumprir para ser apto ao financiamento. Sendo assim, para saber qual é o mais barato, só comparando diversas instituições.
Entenda o sistema de amortização
É importante entender qual sistema de amortização o banco vai usar, pois isso vai interferir diretamente no preço das parcelas pagas. Por exemplo, no SAC — Sistema de Amortização Constante — as parcelas começam bem altas, diminuindo gradualmente; conforme os juros são aplicados sobre o saldo restante, com a amortização sendo a mesma em todos os meses. Já no Price, a prestação sempre terá o mesmo valor. Nesse caso, os juros diminuem e a amortização aumenta durante o período.
Confira o valor do CET
O CET — Custo Efetivo Total — é o que de fato você vai pagar, pois inclui todas as taxas cobradas. Sendo assim, os juros de financiamento são só um de seus componentes. Portanto, é preciso cuidado. Por exemplo, juros de 10% com CET a 11% é mais barato que juros de 6% com CET a 15%.
Cheque o sistema de juros
Os juros podem ser calculados de diversas formas e saber qual é a usada no seu financiamento é um aspecto fundamental. Assim, você pode calcular corretamente o total que vai pagar nesse empreendimento. Por exemplo:
- juros simples é uma taxa que incide sobre o valor total financiado e é regular;
- juros compostos, ou juros sobre juros, é quando a taxa incide sobre o valor da parcela anterior com juros;
- juros moratórios são aqueles cobrados quando ocorre atraso no pagamento.
Como fazer uma compra de imóvel mais consciente?
Agora que você conhece os juros de financiamento e sabe o que pode incidir em seu contrato, é importante analisar bem a proposta e outros aspectos que vão levar você a uma compra consciente.
Saiba quais são eles, a seguir!
Faça uma simulação
Muitos bancos e instituições permitem que você faça uma simulação online, para saber quanto conseguiria de financiamento. Fazê-la é muito importante, já que você pode ter uma noção de quanto vai pagar na parcela e dar de entrada.
Analise os riscos
Como os financiamentos são longos, é preciso analisar os riscos ao assumir. Por exemplo, considerar se a parcela cabe no bolso, observar se a sua renda sobra o suficiente para pagá-la e quais as perspectivas para o futuro. Outro ponto importante é não considerar a renda bruta, mas sim, calcular se pode pagar a parcela após desconsiderar os seus gastos fixos mensais.
Contrate um seguro
Você pode contratar um seguro para o financiamento, que pode quitar a sua dívida caso aconteça algum imprevisto. Sendo um parcelamento longo, é interessante assumi-lo, mesmo que o valor da parcela aumente um pouco.
Confira a reputação da construtora
Se o seu financiamento for feito diretamente com a construtora, o cuidado maior é investigá-la antes de considerar o contrato em si. Ou seja, é uma empresa de confiança, com vários empreendimentos e reconhecida pela qualidade? O contrato de financiamento está claro e com todas as taxas discriminadas? O imóvel tem plano de construção, está em fase de andamento ou já foi concluído?
Sabendo disso, se torna mais fácil assumir o financiamento direto, que pode oferecer até mais vantagens que um banco tradicional. Nesse caso, o relacionamento com a empresa será longo, por isso, é fundamental escolher as organizações que mais se destacam no mercado de construção.
Comprar um imóvel para investir é o objetivo de muita gente. Afinal, ele pode render aluguel e formar o seu patrimônio ao longo do tempo. Entretanto, a maioria das pessoas precisa fazer um financiamento para alcançar esse objetivo. Sendo assim, é fundamental conhecer as condições de contrato e os juros de financiamento. Assim, você terá certeza de que pode assumi-lo a longo prazo. Além disso, vale a pena estudar o financiamento com a construtora, para conseguir melhores condições.
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