Comprar ou não comprar, eis a questão. O sonho da casa própria parece estar cada vez mais longe do povo brasileiro. Para que ele aconteça, famílias estão recorrendo a financiamentos imobiliários com as menores taxas de juros e condições prolongadas para pagamento da mesma. Contudo, como escolher? O que fazer? Por onde devemos começar?
Pensando nisso, resolvemos escrever um guia, lhe apresentando fatores que você deverá levar em conta na hora de decidir por uma proposta. Aqui você verá dicas práticas, comparações entre planos de financiamento e listas das principais armadilhas do mercado. Está preparado?
Dicas para você financiar seu novo imóvel
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Dá para obter o crédito antes de encontrar o imóvel dos sonhos
Para que você consiga facilitar esse processo, você pode entrar com o pedido do financiamento no banco antes mesmo de encontrar a casa que sempre sonhou. Se o seu pedido for aprovado, então o banco passará a lhe entregar uma carta de crédito. Ela lhe dá a garantia necessária para prosseguir com a negociação. Essa carta tem validade de, pelo menos, três meses.
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Compare as condições do mercado
Como os contratos envolvem muitas cláusulas nem sempre negociáveis, a sua chance é escolher dentre as disponíveis, aquelas que tem melhor opção. Tenha cuidado em agir através de empresas intermediárias. Lembre-se que ela está visando a comissão que a financeira irá repassar caso ela consiga concretizar a venda, o que nem sempre quer dizer um ganho positivo para o consumidor. Compare as taxas e seja incisivo.
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Cuidado ao contar com o FGTS
Uma das condições para que ele seja usado é nas compras de imóveis que custem até R$ 500 mil reais. Com esse valor, não se consegue comprar um apartamento novo em bairros de classe nobre nas principais cidades brasileiras… A melhor forma é contar com a própria poupança para honrar a sua entrada no negócio, que atua com oscilação entre 10% a 20% do preço.
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Aposte no sistema decrescente nas prestações
Muitas pessoas se sentem à vontade quando as parcelas são fixas. Contudo, as decrescentes são as melhores opções para você. Isso porque ele diminui, de modo progressivo, o valor da parcela, fazendo com que você consiga honrar o seu compromisso e no final dele, esteja pagando bem pouco. Além disso, a amortização dos juros é maior. Vale a pena investir!
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Taxa do balcão
Os bancos ainda costumam trabalhar com taxas diferentes para os candidatos a mutuário que não são seus clientes. Para se ter uma ideia, caso você esteja interessado em abrir uma conta, consegue-se a redução de 1 ou 2 pontos percentuais. Isso porque o banco cria uma relação com você, sentindo-se mais seguro e cedendo um crédito de confiança, mesmo que pequeno, o que já é uma grande vantagem.
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A CEF nem sempre é uma boa opção
Ao contrário do que se espalha, a CEF pode não ser a mais barata opção do mercado. Outros serviços acabam encarecendo o valor da Caixa, como os seguros por morte ou invalidez, que costumam ser mais caros do que em outros bancos. Procure pesquisar e entender a composição da parcela antes de decidir.
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Bancos que tenham parceria nem sempre são mais baratos
Muitas vezes, por comodidade, quem compra um imóvel acaba fazendo o financiamento no banco conveniado. Isso facilita a liberação do crédito e do dinheiro, mas também pode indicar um gasto a mais. Lembre-se que a melhor opção não é fechar negócio com quem aparece primeiro, mas com aquele que lhe tem a melhor proposta a oferecer.
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O valor total pode variar até 30%
Essa diferença é real e existe. Somando as prestações, a diferença entre os bancos que oferecem a melhor condição de pagamento pode chegar a 32%, segundo o CFIN. Nós imóveis de R$ 500 mil, a diferença chega a R$ 250 mil! Se colocar na ponta do lápis, é gritante, não é?
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Não deixe o valor da primeira prestação te enganar
Alguns bancos criam uma ideia ilusória na primeira prestação, fazendo com que o consumidor caia em erro. Também vale a pena olhar a ultima prestação, para você verificar se no decorrer desses 20, 30 anos conseguirá honrar o seu compromisso financeiro. Lembre-se que aqui, o custo total com as prestações é a soma que realmente importa. Se ficou com dúvidas, refaça a conta em casa.
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Dividas contam sim
As suas dívidas entram na conta no quesito de comprometimento de renda. Assim sendo, se você está tentando passar uma carta de crédito, é necessário que você avalie a sua situação. Lembre-se que não podemos ultrapassar os 30% da renda bruta familiar. Para composição dessa renda você poderá acrescentar outras rendas, como a da esposa ou marido.
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O prazo máximo pode variar
Antigamente, os bancos trabalhavam com financiamentos de 30 anos. Hoje, a grande maioria já aderiu ao esquema dos 35 anos. Com a opção do longo prazo, as parcelas acabam ficando menores e se torna uma boa alternativa. Se você não tem dinheiro para investir num comprometimento menor, vale a pena. Geralmente, 25 anos é a carta de crédito mais aprovada pelos bancos populares.
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Corte custos com a migração para outro banco
Alguns bancos oferecem a possibilidade de transferir o seu financiamento, reduzindo os juros e diminuindo a dívida ativa. Isso até agora não fora regulamentado pelo banco central, mas é uma prática muito comum. Você consegue alongar o prazo para pagar ou até mesmo refinanciar o imóvel em até 60% do seu valor. Essa diferença calculada de um banco para outro pode ser sacada em dinheiro ou ser abatida na própria prestação imobiliária.
E você, tem alguma dica que queira acrescentar na nossa matéria? Conta pra gente!